sexta-feira, 26 de março de 2010

O milagre do Projeto Pérola


A revista semanal americana Time referiu-se ao Projeto Pérola como "a maior operação de sua categoria na história da China". O chefe da filial da "Time" em Pequim descreveu o projeto como uma das operações mais audaciosas e bem-sucedidas do século XX.


Portas Abertas cuidou em sigilo dos preparativos dessa ousada expedição. A Igreja Chinesa estava passando por um reavivamento, depois de quase ter sido banida durante a Revolução Cultural. Com a morte de Mao Zedong, em 1976, a situação melhorou. A Igreja ainda dava sinais de vida e os cristãos começaram a sair das "catacumbas". Mas a religião continuou sendo vista como o ópio do povo e tinha de ser combatida. Os cristãos ainda precisavam ser prudentes e não podiam reunir-se livremente em qualquer lugar. Também havia escassez de Bíblias.

Ficou acertado que, na noite de 18 de junho de 1981, a Missão Portas Abertas entregaria um milhão de Bíblias na praia de Swatow, atualmente Shantou, cidade costeira no sul da China. Naquela noite, mais de 2 mil cristãos chineses aguardaram a chegada das Bíblias à praia, uns para escondê-las, outros para distribuí-las imediatamente. Essa operação exigiu considerável esforço de organização. Os participantes tiveram de ser encontrados e informados dos detalhes pessoalmente. Foi um milagre reunir tantas pessoas sem que as autoridades percebessem.


Temporada de tufões

As Bíblias foram carregadas em Hong Kong, no convés de um barco aberto, que seria puxado por um rebocador quando chegasse à praia de Shantou. As embarcações receberam os nomes de Gabriella e Michael. Ocorreram vários problemas e a operação acabou sendo marcada para junho, quando teve início a temporada de tufões. O capitão Tinsley protestou, dizendo que seria loucura realizar a operação nessa época. Nenhum integrante de sua tripulação sabia navegar. Seria arriscar demais a vida das pessoas. Mas não havia outra opção. Ele achava a missão tão importante que tocou a tarefa, a despeito de sua opinião.

Enquanto a embarcação aguardava no ancoradouro, o primeiro tufão da temporada se aproximou do porto, que não era exatamente seguro. O Mar do Sul da China sempre é atingido por tempestades tropicais, e são comuns os alertas de tufão. Quando se dá um alerta, significa que todos os navios devem encontrar um porto seguro ou definir um curso que os faça desviar da rota do tufão. Para o rebocador Michael e o barco Gabriella, que levavam a valiosa carga de mais de um milhão de Bíblias chinesas, não havia um local seguro na superpopulosa Hong Kong. Enquanto a tripulação, cada vez mais tensa, acompanhava os boletins meteorológicos, a frente local de intercessores foi convocada.

Um sinal a Portas Abertas mobilizou uma rede telefônica, com um efeito tão grande que, dentro de poucas horas, milhares de pessoas em todo o mundo já estavam orando pelo Projeto Pérola, codinome do arriscado empreendimento. Pouquíssimas pessoas sabiam exatamente o que estava acontecendo, portanto, pouquíssimas podiam orar pelo motivo específico. A maioria dos intercessores só sabia que precisava orar por um grande projeto em favor da Igreja na China.

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Fonte: Missão Portas Abertas




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